Presidente da Comissão de Agropecuária Cláudia de Jesus discute logística dos caminhões com Aprosoja e governo
A deputada reuniu representantes dos produtores, caminheiros, setor privado e governo para mediar o problema.
31 de Março de 2025 às 17:35O congestionamento e segregação de cargas agrícolas em Rondônia gerou preocupação da deputada estadual Cláudia de Jesus (PT), que é presidente da Comissão de Agropecuária e Política Rural da Assembleia Legislativa. Jornais de todo o país e internacionais compartilharam fotos e vídeos onde mostram mais de 1,2 mil caminhões estacionados com carregamentos no posto de combustível Miriam na cidade de Candeias do Jamari, distante 25 quilômetros de Porto Velho.
Para tentar mediar o problema, o parlamentar manteve reuniões com a Associação Brasileira dos Produtores de Soja de Rondônia (Aprosoja) e a presidência da Sociedade de Portos e Hidrovias (SOPH) vinculada ao governo e diretores da empresa Hermasa Navegação da Amazônia SA (Grupo Amaggi). O gabinete parlamentar também esteve reunido com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
A deputada visitou o local onde ficam os caminhoneiros e esteve no Porto. "Essa é uma situação que muito nos preocupa. Essas cargas paradas representam impacto muito grande na economia, no emprego e renda de muita gente. Então, estamos buscando alternativas e dialogando com todos os setores envolvidos para buscar uma solução, inclusive com mais investimentos, já que temos uma expansão da produção agrícola e maior escoamento por nosso estado", comentou a deputada.
Entendido o caso
A safra recorde de grãos de 2024 e deste ano, somada ao atraso na colheita e à crise hídrica, causou congestionamento no escoamento da produção agrícola que sai de Porto Velho para outros estados e países. Caminhoneiros dizendo espera de até três dias para descarregar nos terminais portuários. Os prejuízos são prejudiciais: as empresas pagam diariamente pelas cargas paradas que chegam até R$ 800 e os motoristas ficam parados em locais sem estrutura adequada, quando poderiam estar fazendo mais transportes.
A Sociedade de Portos do Governo de Rondônia diz que tem capacidade para embarcar 10 milhões de toneladas por dia, mas a demanda ultrapassa esse limite. Em janeiro, o Porto movimentou cerca de 81 milhões de toneladas de soja, número que mais do que dobrou em fevereiro. Com a previsão de aumento na produção em Rondônia e Mato Grosso, o Porto busca investimentos para ampliar as operações.
Texto: Francisco Costa | Jornalista
Foto: Assessoria Parlamentar